segunda-feira, 22 de setembro de 2008

"Estou sempre certo mesmo quando erro"

Esta semana fui ás festas da Moita. Após um serão agradável na companhia dos meus pais, o Destino pregou-me uma partida. A minha mãe encontrou um amiga de trabalho cujo não via á muito tempo, e por isso, lá passei eu entre uma duas horas plantado, de braços cruzados, à espera que elas acabassem a conversa do “tempo” (aquelas conversas para encher chouriços). No entanto aquelas duas horas da minha vida não foram totalmente gastas em vão… deu para reflectir num assunto que achei suficientemente interessante para fazer um post.

Passo a explicar, a determinada altura a tal amiga da minha mãe (cujo nome, obviamente, não me lembro) iniciou uma conversa do tipo:
“ A minha filha agora está cá com uma atitude! Então não é que ela foi pedir uma garrafa de água ao bar da escola e a mulher que estava a atender perguntou:
- “ Tu não és a filha da fulana tal? (mais uma vez ela deve ter mencionado o seu nome mas… não… continuo sem me lembrar lol)
“ E ela vai na volta e responde:
- “ Sou sim, mas ainda posso comprar uma garrafa de água ou não? “

Após ouvir isto a minha mãe deu uma risadinha assim como a mãe da criatura e justificaram:
- “ Olha viste(s)?! Já sabe!
- “ Pois é! A ela não lhe escapa nada!” *risos*

Ou seja, basicamente a mãe da criatura justificou aquele comportamento como uma coisa bastante normal e a minha mãe foi na conversa… não desfazendo.

Nessa altura entrei em transe e pus-me a pensar: “Pera lá… Se estas pessoas não são as antipáticas e estúpidas da sociedade que ouvimos falar todos os dias, quem serão?

Todos os dias ouvimos histórias de pessoas que agem de maneiras muito estúpidas nas mais variadas situações. E neste caso, custa-me imaginar alguém a dar uma resposta mais azeda.
De qualquer forma cheguei à conclusão que nunca ninguém tem culpa se houver uma boa desculpa por trás. Há que nos pormos na pele da “vítima” e imaginarmos como nos sentiríamos se tivéssemos ouvido tal resposta de um estranho (exercício que a mãe da criatura não deve ter feito). Neste caso a criatura esteve, inquestionavelmente, mal e merecia uma repreensão dos pais ou um estalo da mulher. “Não faças aos outros aquilo que não queres que te façam a ti” acho que resume a questão.

Parece que vivemos num mundo do “convém”, desculpamo-nos das mais variadas coisas quando nos favorece a nós e aos nossos.

Como se isto não bastasse, no dia seguinte aconteceu outra igual. Numa conversa de carro entre a minha avó e o meu pai, a desculpa da minha avó ao facto da minha prima de 8 anos ter agredido uma pessoa com uma vassoura foi: “Deve ter sido um vento ruim que por ali passou…”
Pronto! Tudo explicado! Da próxima vez certifiquem-se que as janelas estão todas fechadas e não há problema! =D

3 comentários:

Di disse...

repara q recarreguei a pagina so para garantir q era a 1a... weeeeeeeeeeee sou a 1a!
qt ao q disseste pronto... tens razão se bem q existe uma pequena atenuante...o modo como as coisas são ditas... vamos imaginar que do nada te mando foder... posso faze-lo com 1 sorriso nos lábios ou com um ar visivelmente chateada.... na 1a situação estou a meter-me ctg, na 2a estou a insultar-te...

mas sim... hj em dia falta 1 bom par de estalos como eu levava qd era peq e atrevia-me a não olhar para os meus pais qd eles me estavam a ralhar...

continua...beijo enorme*

Carina disse...

cm a nossa amiga diz "hj em dia falta um bom par de estalos".acho q é o mal de mta gente,se levassem uma chapada dakelas bem dadas pensavam duas vezes antes de responderem torto a outra pessoa.

mudando de assunto...bem vindo ao mundo dos blogs. ;O)

bjoka

Eleanor Rigby disse...

LOL
Desculpa a minha ruindade, mas partia-me a rir se ouvisse a rapariga a dar essa resposta xD